Oro Giallo Polenteria: quando si mangia la bella polenta

Si mangia cosi.

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Comi bem no Oro Giallo Polenteria, talvez a primeira casa especializada em polenta que se tem notícias por estas bandas. Se eu estiver errado, por favor, me corrijam, mas por ora damos o título de Primeira Polenteria de Florianópolis ao restaurante capitaneado pelo chef calabrês Pietro Prestia.

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Oro Giallo em italiano quer dizer Ouro Amarelo e não é pra menos: desde Cristóvão Colombo que os europeus se encantaram com este grão nobre das Américas. É do século XVI e XVII, e essa história você pode acompanhar na primeira página do cardápio do Oro Giallo, o primeiro registro dos italianos transformando o milho em polenta. E, engraçado quanto seja, disseminou-se pra cá de volta com os imigrantes italianos, colonizadores do Sul brasileiro.

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Falar em cardápio, o menu do novo restaurante localizado no bairro Coqueiros, ao lado da AABB, é totalmente inspirado na polenta. Como bom italiano dá opções de massas e risottos, alguma coisa de menu kids, mas se apresenta de forma maciça no próprio ouro amarelo. E embora tivesse curiosidade de conhecer estes variados pratos, não saí da polenta nem por decreto.

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Achei interessantes as entradas, também com opções pra quem por algum motivo estiver acompanhando um fã da iguaria e não comer polenta, e escolhi a Polenta e Formaggio. Três pedaços de polenta, queijo provolone doce e geléia de damascos. Simples assim, com uma folhinha de manjericão pra decorar e um pouco de azeite. Embora tenha ingredientes doces não dá pra jogá-la pra compartilhá-la no cardápio de sobremesas. A polenta é firme porém muito macia de se comer, o toque da geléia é incrível e combina muito bem. Uma delícia de se experimentar enquanto o prato principal não fica pronto.

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Eu olhei, olhei e olhei de novo e acabei cainda na tentação do Hamburguer di Polenta. Não foi uma sugestão do garçom mas ouvi que era um prato que saía bastante (sempre tento escolher as pratas da casa, não há porque não confiar no imperativo gosto popular). Acho que errei, deveria ter ido no tradicional e deixado a invencionice de lado.

O Hamburger di Polenta tem a idéia do tradicional hamburguer, onde o pão é substituído por dois discos de polenta grelhada, lascas de filé mignon, abobrinha italiana, queijo e tomate. Não é que ele estivesse ruim, nada disso. O prato aparentemente foi executado como deveria ser. Mas não causou nenhuma surpresa, sabores de cada ingredientes meio apagados, talvez estivesse com a expectativa maior pela novidade do que qualquer coisa. Recomendo, inclusive, que algum leitor experimente e me conte o que achou, pra tirarmos uma conclusão mais elaborada. Fica em aberto por enquanto.

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O que ajudou bastante no prato foi este azeite, da Asaro, um azeite extra virgem com limão siliciano (da Sicília, claro!) que deu bastante sabor a todos os preparos de polenta que experimentei. Saboroso e aromático, dá vontade de beber no gargalo. Inclusive se alguém souber onde comprar isso por aqui (o garçom já adiantou que o Chef importa quase todos os ingredientes), me avisem!

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Depois experimentei o Polpette della Mamma, que foi a escolha da Monica Boeira, quem deu graça e “tananã” ao jantar, e que com seu diminuto estômago permitiu mais que as duas tradicionais garfadas científicas ao prato alheio, daquelas que ajudam no review. Afinal, não dá pra escrever sem experimentar e ter primeira e segunda opinião.

E se fez presente o velho ditado de que a grama do vizinho é mais verde, mais bonita. Enquanto eu tentava entender o Hamburger di Polenta, as Polpettas estavam deliciosas, muito boas mesmo, e a polenta mole de um jeito muito característico, com uma cremosidade que poucas vezes vi nos restaurantes que se arriscaram a serví-la por aqui.

O sabor do molho, o frescor dos ingredientes, o tempero e o toque do chef finalmente haviam aparecido.

Agora sim vi beleza na casa, vi graça numa lindíssima lareira instalada no salão principal que aquecia os comensais naquela noite de frio e vento-Sul, vi magia na adega que eu sequer experimentei mas que só pela beleza da organização das garrafas já se fazia bela.

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Pra quebrar um pouco o milho, de sobremesa pedimos Tiramisú. Bolacha Champagne, café, creme de queijo e cacau, como manda e mangia o figurino.

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Até poderia ter pedido uma sobremesa com polenta, existem duas: Polenta Dolce al Cioccolatto, o nome é autoexplicativo; e Amor Polenta e Gelatto, um bolo de milho com rum e sorvete de baunilha. Estas duas deixarei pra experimentar na próxima visita, onde agora farei o pedido certo e deixarei o hamburguer pros americanos, porque no Oro Giallo si mangia la bella polenta, cáspita!

Nota: A conta fechou em aproximadamente R$140, sem bebidas alcoólicas, e serviu duas pessoas.

Oro Giallo Polenteria

  • Rua Desembargador Pedro Silva, 2765. Coqueiros, Florianópolis.
  • (48) 3307-4720
  • Aceita cartões

11 thoughts on “Oro Giallo Polenteria: quando si mangia la bella polenta

    1. Oi Eliane, obrigado, fico feliz que tenha gostado! 🙂

      Não tem estacionamento, mas nas ruas próximas e na própria AABB tem um estacionamento, que fica ao lado (pago). Sobre a reserva não é necessário, mas vai depender do movimento da casa. Ainda mais que você vem de longe, recomendo dar uma ligada antes e perguntar 🙂

  1. Visitei a polenteria e achei que a casa deixa muito a desejar, tanto no atendimento quanto na comida!
    A polenta estava crua e achei a porção muito pequena, o que não combina em nada com o farto estilo italiano.
    Além disso, a carne do molho passou longe.
    Muito caro para o que oferece -em média R$45, o prato individual e carta de vinhos de altíssimo valor, R $100,00 a garrafa.
    Apesar disso, o ambiente é mt bonito.
    No geral, não me conquistou.

  2. Concordo com os comentários da Letícia. Apesar da beleza do ambiente, o principal deixou a desejar por falta de sabor e pela pequenez dos pratos em relação a seus preços.
    E acrescento algo que me irrita profundamente nos restaurantes da moda: a imposição das bebidas de acordo com o gosto (ou a necessidade de seguir a moda) do proprietário ou do chef. Não gosto de cerveja artesanal. E também não sou chegado muito em vinhos. O que gosto mesmo são das tradicionais e populares Original, Skol ou Antarctica. Pois então devo passar ao largo dessa polenteria pois lá parece que pedir uma dessas soa como uma ofensa ou gosto sofisticado do chef.

  3. A experiência não poderia ter sido mais desagradável. Comida ruim, sem graça e ABSURDAMENTE cara pelo que é servido.
    Não para aí, o atendimento é de terceira. Para se ter uma ideia, ao reclamar da porção ridícula de queijo ralado, o garçom arrogante soltou um “o queijo é importado, por isso é caro”. Ridículo!
    Quer se irritar e passar fome? Vai lá.

  4. O lugar é ótimo, ainda mais por estar localizado em uma via gastronômica. Porém, os pratos e os preços são muito incompatíveis. Pouquíssima comida e o preço muito elevado. E não achei com grande qualidade assim.
    O feedback deles tbm é frustrado. Pois, ao fazermos uma crítica, creio eu que para o proprietário, dizendo que achamos que para a quantidade dos pratos não valia aquele preço que a casa estava cobrando. O mesmo nos disse que: “era tudo importado que ele usava e que a máquina para fazer polenta custou 15 mil reais”. Bom, não entramos mais em discussão. Contudo, cá para nós 15 mil para um investimento que o considera de “alto padrão” não é nada… se querem ganhar ou recuperar seu investimento a custo prazo cobrando elevados preços não condiz. E se formos analisar… polenta é a coisa mais fácil e barata de fazer, eles estão caminhando fora da casinha. A caipirinha deles com os destilados bacardi e vodka são horríveis, pouca fruta e muito destilado.
    Todavia, não voltaremos mais nesse restaurante e também não indico. Comer polenta lá é mais caro que comer lagosta em bons restaurantes… fica a dica!

  5. Fui conhecer o restaurante por indicação deste site. É um tipico restaurante italiano. A polenta cremosa é deliciosa, experimentei a de cordeiro ao molho de vinho, era dos Deuses!
    O lugar é lindo e o atendimento muito cortês. O chef Pietro foi muito atencioso e ao final do jantar nos ofereceu um Limoncello feito por ele, muito bom.
    Recomendo.

  6. ADOREI O AMBIENTE COM LAREIRA E ADEGA DE VINHOS, POLENTA FRITA E BRUSQUETA DE ENTRADA MUITO BOM, RECOMENDO A LASANHA DE POLENTA HUMMMMM ÓTIMA!!! PARABÉNS AO CHEFE ITALIANO PIETRO VOLTAREMOS 🙂

  7. Olá. Encontrei a polenteria nas sugestões de restaurante italiano em Florianópolis, pois moramos em Porto Alegre e no site de vocês aqui.
    Achei que o local é um misto de sentimentos. Achei a comida muito boa, a gente achou estranho ir a um lugar para comer só polenta, mas no fim foi uma surpresa. A lasanha de polenta é realmente diferente e meu marido comeu o hamburguer, que é um prato bem diferenciado.
    Alguns detalhes no atendimento realmente deixam a desejar, mas ao reclamar na saída me foi argumentado que como eram novos ainda estavam treinando a equipe e etc, e pediram desculpas por qualquer coisa.
    Acostumada com galeterias e restaurantes da Serra do RS, achei que é muito legal a proposta de colocar a polenta num patamar mais elevado, pois além do que polenta é sempre uma delicia.
    No final, ao falar alguns detalhes sobre o atendimento o próprio chef veio a mesa e inclusive nos ofereceu um licor que ele mesmo produz, que é uma delicia.
    Eu acho que vale a visita, principalmente para ver os diversos pratos que possuem polenta que podemos nem imaginar as vezes.

    Beijos a todos

  8. [ Nunca mais ] Fui com meu marido e fiquei dececionada com a qualidade, pedi polenta com frango emsipado, veio uma coxinha de frango, daquelas que a gente compra em pacotes congeladas, só osso. E meu marido pediu com almondegas, veio 4 ou 5 míseras almondegas, do tamanho da ponta de um dedo…para uma polenteria, que é comida italiana, faltou também quantidade. O que salvou foi o bom atendimento. Sabe quando vamos voltar? nunca mais.

  9. A Oro Giallo fechou no final do ano passado, mas o que ouvi se assemelha com os comentários aqui, principalmente reclamando de preços e tamnaho dos pratos, que eram muito pequenos.

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