Food Park Presidente Kennedy: a revolução da comida de rua

Sei que o título deste post parece um tanto quanto sensacionalista, visto tudo o que tem se falado por aí sobre os famigerados food trucks. Eu sinceramente não acho que food trucks sejam a oitava maravilha do mundo que se alimenta pelo simples fato de estarem sobre rodas. Comida boa e comida ruim pode se mostrar de qualquer jeito. Mas o Food Park recém instalado em São José, cidade que este humilde escriba hoje reside, me traz bastante entusiasmo.

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São José é conhecida como a capital da cachorro-quente. Na verdade não é, mas eu insisto em forjar este apelido porque embora tenhamos excelentes representantes de comida de rua mesmo no tradicional quitute gringo abrasileirado, em cada esquina mais do mesmo se repete. Falo de revolução da comida de rua e linko ao Food Park recém formado porque lá é possível chegar de Havaianas sem qualquer constrangimento e comer comida digna de grande chefs. Por revolução quero dizer que eles mudam conceitos, quebram paradigmas (por mais que a expressão seja batida), aproximam o seu público do seu trabalho de maneira muito intimista trazendo uma experiência gastronômica bastante rica pra quem estaciona na frente da Vox Multimarcas.

E por falar em Vox Multimarcas, aqui fica meus parabéns pra esta empresa revendedora de carros que abriu cancha pra essa turma mostrar sua arte em seu pátio. Isso, turma, food park é a reunião de food trucks num espaço em comum.

Dito isso, vamos falar de comida?

Pois é. Tudo começou com Yakisoba. Foi o macarrão chinês bordado de carne, frango e legumes com molho oriental e aqueles rolinhos fritos, os harumakis, que abriram picadas na Av. Presidente Kennedy servindo um rango dos deuses. Foi pelas mãos do Carlos Barufe e da Jaqueline Nanon que o ainda embrionário Food Park Presidente Kennedy começou.

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O Yakisoba é talvez a comida de rua mais bem servida que eu tenha visto. É possível matar a fome de outras vidas pedindo um destes pratos, seja de carne ou de frango, seja até o vegetariano e quem dirá o novo e especial com molho Teriyaki. Bem servido e saboroso, diga-se de passagem. Você come inteiro pra não perder a oportunidade e volta pra casa rolando e dando risada por ter enchido tanto a pança por tão pouco dinheiro.

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Um Harumaki de chocolate é uma boa pedida pra fechar a refeição (se você for valente ou dividir o Yakisoba com alguém). Pode levar pra viagem, se for o caso, pra quando o efeito “jibóia” passar.

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Depois se arrinconou o Black Box. Sempre tive curiosidade pra experimentá-lo, as intermináveis filas nos eventos de Food Trucks pela cidade jamais deixaram. Foi ali mesmo no Food Park que começou nosso relacionamento gastronômico. Uns dizem: “ah, mas pagar 15 reais por um cachorro-quente!” Depois de passar a vontade de dar um tapa na cara dessa pessoa, sempre explico a leitura que EU faço: “não é cachorro-quente”. O Black Box Hot Dog Premium traz um conceito parecido do Hot Dog americano (pão e salsicha, assim como assim). Neste caso, um toque de sabor com a Linguiça Blumenau, por exemplo, no caso do Satisfaction — os lanches recebem o nome de clássicos do Rock n’ Roll, do molho de mostarda e do molho vermelho, cebola crispy e queijo parmesão ralado. Lanche também muito bem servido e igualmente saboroso.

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O Food Truck é muito lindo, pra começo de conversa. Isso já funciona como um ímã que aquela caixa preta de metal atrai. A higiene do carro, o cuidado no preparo e a diversidade do cardápio dificilmente fazem você dar um passo atrás. Sem contar a gentileza do Jean do Dérek, que explicam cada detalhe da comida como se estivessem concebendo a receita na hora.

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Nesta semana chegou o tão esperado Ribs Food Truck. O Ribs é projeto antigo do Fernando Giusti que já trabalhou na cozinha mais sofisticada de São José, conheceu comida rápida em outros ares e agora junta toda a sua bagagem pra oferecer hambúrguer. O Ribs fecha essa tríade de comida salgada de maneira bastante deliciosa. Ribs é o nome do Food Truck e também batiza o carro-chefe composto de hambúrguer de costela defumada, pão especial, queijo, alface, tomate, pickles, maionese do Chef e mostarda vinda lá dos pagos do Sul.

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Olho no lance pra não perder nenhum detalhe deste sanduba.

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E já fica a dica pra que você não arrede os pés deste Food Park sem experimentar a Rabiosa. Além do Hambúrguer de Costela o Ribs oferece uma batata frita com corte especial que vem muito bem temperada à mesa (finalmente alguém temperou batata, gente!), chega a ser possível comer junto os raminhos de alecrim que dão cheiro e sabor inigualáveis. O molho de pimentas frescas desenvolvido especialmente pra esta iguaria, levemente picante (que dá bastante sabor mas não queima a boca de quem não é acostumado) também merece meus aplausos.

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Fecha o quarteto fantástico uma opção de doces. Como diz o manezinho “é bom pra tirar o travo”. O Sweet Road faz doces especiais e boa parte deles é inspirada no brasileiríssimo brigadeiro. Eu experimentei dois deles, o brigadeiro de Oreo (tudo com Oreo fica bom, anotem) e o brigadeiro de paçoca. Gostei destes pois pois eles não são só uma massa muito doce. Eles têm em sua composição ingredientes que o fazem ficar saborosos sem ser adocicados em demasia. Mas nem só de brigadeiros vive o Sweet Road: doces especiais com frutas, casquinhas de sorvetes e até brownies pintam por lá dependendo da inspiração do chef patisseur.

Vocês já se cansaram de tanta comida ou guardaram um espacinho pra Kombi mais charmosa da cidade?

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Bom, ainda tem mais. Tem as folgas da galera. E quando um folga, outro convidado de honra aparece. Aqui cito um Food Truck que não é o Chitãozinho nem o Xororó mas me deixou 60 dias apaixonado. Com o perdão do trocadilho idiota, e com o ritmo que não é o da casa, a Janis Gastronomia traz a Kombatata até o Food Park quando o Yakisoba faz sua parada de descanso às sextas-feiras. Pratos batizados com nomes de astros do Rock, temos no palco da Vox o escondidinho de frango que é feito com mandioca e queijo coalho.

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Uma delícia!

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O prato principal é sempre a Kombatata. Esta que comi foi a Hendrix, base de batata, camarão, alho poró, requeijão, farofa de limão e manjericão. Uma delícia de tirar o chapéu e pagar o ingresso renovo. Em alguns eventos de Food Trucks a Arieli Secco prepara a kombatata em forma de sanduíche pois a necessidade do lugar pede algo portátil, mas no Food Park da Presidente Kennedy tem mesinhas onde a kombatata pode ser ela mesma sem medo de ser feliz. E ser gostosa.

Muito bacana ver essa gente linda, elegante e sincera fazendo boa comida, com o brilho nos olhos e sem saber que os livros de história dedicarão no futuro páginas e mais saudosas páginas sobre a gastronomia destes tempos. Que época boa pra se viver em São José, meus queridos leitores. Que época boa pra frequentar a Av. Presidente Kennedy e descobrir novos sabores.

Food Park Presidente Kennedy

  • Av. Presidente Kennedy, 789. Kobrasol, São José/SC.
  • Estacionamento
  • Alguns aceitam cartões

25 thoughts on “Food Park Presidente Kennedy: a revolução da comida de rua

  1. Lanche também muito bem servido e igualmente saboroso.? Serio mesmo? Saboroso até pode ser… mas muito bem servido (suponho que esteja falando sobre o tamanho do lanche) também não né…

    São boas opções mas tem que melhorar muito no custo beneficio…

    😀

  2. Poxa, quando só o yakissoba tava la, era muito gostoso! Não sei se venderam, trocaram a receita ou coisa semelhante, mas ta super ruim. 🙁
    Ainda não fui experimentar as outras comidinhas, mas pretendo em breve. So não rola mais yakissoba ruim mesmo.

  3. Eu adorei o espaço e a ideia. O yakisoba conheço desde que ficava em Palhoça, uma delícia. Fui experimentar o cachorro quente lépida e faceira, e curti em partes, mas num todo não curti. Achei o pão ruim, pouco recheado e os molhos não são tão saborosos quanto valorizados por eles. Mas vou enlouquecer enquanto não experimentar a Kombatata, nunca consigo ir aos eventos que a Janis está, mas meu dia me aguarda. Adorei seu post, parece publi pq são só elogios a todos, mas curti muito a escrita. 😉

    1. Ah, inclusive hoje é dia de Kombatata, é a folga do Yakisoba e a Janis assume o posto (é bom confirmar na fanpage deles antes, só pra garantir). Aproveita!

      Sobre o post, muito obrigado, fico feliz que tenha gostado! Acho que vou começar a fazer uns publis de restaurantes, já que eles se parecem mesmo, não tem por que pagar a conta, né? 😛 Tô jogando dinheiro fora à toa!

  4. hhahaha, não quis ofender, desculpa. Na real foi só elogio mesmo, pra mim a melhor forma de propagar restaurantes é dessa forma, discreta, como um amigo indicando.

  5. Oi Daniel! Acompanho há algum tempo o blog e normalmente tenho surpresas agradáveis quando acato as dicas. Sou fã de carteirinha de um bom e velho hambúrguer, porém repetidas vezes me frustro ao ir numa hamburgueria ‘gourmet’ e me deparar com um hambúrguer processado e industrializado jogado a esmo num pão aquecido no micro. Ontem fomos lá pelas tantas da noite conferir de perto o santíssimo Ribs Food Truck. Ganhou meu coração aquela carne suculenta, pão macio, salada fresca e o carismático atendimento. Salivei novamente ao ler o post e com certeza voltaremos a este cantinho gastronômico para saborear os outros truck’s.

  6. Espero que os outros food não sejam igual ao black box que senhor não vale nunca o que cobram, achei o cumulo não tirar aquela capa plástica da calabresa, se você passar por la com fome irá pagar no mínimo R$12,00 em um cachorro quente sem nada e continuará morrendo de fome.

    A ideia é muito legal, porém acho que da pra evoluir, como no caso das mesinhas e cadeiras que são poucas.

  7. Concordo com outros comentários. Yakissoba é muito bom e vale. O hot dog achei bem sem graça, talvez por tanta publicidade ja vista esperava mais. Além de pequeno.
    Mas morri de vontade de comer o Kombatata.

  8. O hot dog é bem decepcionante… Só usa ingredientes industrializados, até o molho é de lata! A receita até é boa, mas da forma que é feita, não tem graça nenhuma.

  9. O espaço está cada dia mais agradável e divertido. O Yakisoba continua delicioso, alguns temperos e especiarias chinesas foram adicionados à receita para dar mais sabor e personalidade ao prato. O Satisfaction, do Black Box, é meu preferido, viciante… Vale cada centavo!

  10. Experimentamos o hambúrguer de costela e a batata frita do Ribs e infelizmente ficamos bem decepcionados. A batata era boa mas a carne parecia de segunda e o lanche tinha muito molho, o que prejudicou o sabor.
    Chegamos cedo e com o passar do tempo o local foi enchendo e as embalagens acumulando sobre as mesas, não havia qualquer manutenção da limpeza.
    Pretendo voltar ao food park para provar algo do Kombatata (não estava lá no dia) mas provavelmente levarei pra casa.

  11. R$15 por um cachorro quente, SIM, cachorro quente, é abusivo. Sem contar que em outros eventos eles cobram até R$18. Ser “estilo americano” não é desculpa, até por que cachorro quente nos Estado Unidos custa ali pelos $2 dólares.

    O cachorro quente deles é saboroso? é sim. Vale R$15? não, nem perto.

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