Sunset Monte Agudo: degustando vinhos e amizades ao por do sol

Dizem que o vinho é um dos instrumentos sociais mais potentes que existem. Não saberia filosofar em cima disso, além de um bebedor muito esporádico, conheço pouco das Viti viniferas e de seus preparos. Não sei analisar a diferença entre eles e me limito a diferenciá-los por “rótulo bacana” e “rótulo mais ou menos”, embora acreditar numa estampa, do que quer que seja, seja um pecado que nem Baco perdoe com qualquer penitência.

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Mas eu creio no poder das amizades. Os amigos, aqueles que fazemos questão de partilhar os louros e os fracassos, esses cultivamos dentro de uma garrafa de qualquer cor e rótulo, como um Cabernet Sauvignon dos bons que alcançam seu auge com o passar do tempo.

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No último fim de semana estava de cruzada pela Serra catarinense e recebi um convite pra ir conhecer os vinhedos da Monte Agudo. A proposta era um fim de tarde regado a vinhos, pães, frios e um pôr do sol daqueles que estampam um pañuelo maragato no horizonte, o famoso Sunset da Monte Agudo.

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No comando estavam o seu Leônidas, proprietário da Monte Agudo, e uma de suas duas filhas, que fazem um belíssimo trabalho com o produto de suas parreiras, a Carol Ferraz, que é sommelier, e quem conduziu a degustação toda.

A casa é linda, como as fotos hão de provar e não me deixarão mentir. Localizada bem no pico da propriedade do seu Leônidas, tem uma belíssima vista de todos os lados para a região do Morro Agudo onde fica não só a Monte Agudo, mas grande parte das vinícolas que produzem os melhores vinhos de altitude aqui na serra catarinense.

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O sol ia morrendo atrás dos morros e um belíssimo show em paralelo fazia. Na mesa, um outro show começava: a degustação dos vinhos da empresa. Começamos com o que eu já havia conhecido através da Luciane Daux, o espumante Brut Rosé Sinfonia; experimentamos o Chardonnay 2010, um branco muito saboroso; os gigantes tintos do corte Cabernet Sauvignon e Merlot 2009, 2010 e 2011 (esse último ainda nem rotulado está, pois está em processo de maturação na garrafa, e você só pode prová-lo por enquanto no Sunset, e até comprá-lo para beber em casa); até um Chardonnay da última safra que recém foi processado o Sr. Leônidas abriu uma exceção e mostrou pra gente para conhecermos um pouco do processo de maturação dos brancos.

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Estaria mentindo se eu tentasse reproduzir a análise dos mais entendidos que estavam presentes à mesa, e estaria no mínimo sendo desonesto se apenas reproduzisse o que a nobre sommelier falava sobre sua descrição dos vinhos, visto que isso é algo pessoal e muito subjetivo. Mas a expectativa que eu já tinha o Espumante Sinfonia confirmou-se nos demais rótulos, tanto que trouxemos alguns rótulos para bebermos em casa, juntamente com essas duas lindas taças personalizadas da Monte Agudo e que inauguram a adega da minha casa nova.

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O Sunset da Monte Agudo é, sobretudo, um local para se degustar bons papos e bons amigos. Pois vinho vai além de todo o jargão técnico e os “blá-blá-blás” daqueles que enfiam o nariz dentro da taça e vomitam descrições rocambolescas.

Os vinhos da Monte Agudo são excelentes porque são democráticos: vencedores de prêmios para entusiasmar os especialistas, e fazedores de amizades pra quem ainda engatinha na arte de engarrafar experiências.

Se estiver de viagem programada para a Serra, não deixe de colocá-los no seu roteiro!

Vinhedos da Monte Agudo

  • Rod. SC 438, KM65. São Joaquim/SC
  • Funciona diariamente com reservas, sunset às 17h.
  • Fone: (49) 9985-1446
  • Aceita cartões: sim
  • Estacionamento: sim

8 thoughts on “Sunset Monte Agudo: degustando vinhos e amizades ao por do sol

  1. “Mas eu creio no poder das amizades. Os amigos, aqueles que fazemos questão de partilhar os louros e os fracassos, esses cultivamos dentro de uma garrafa de qualquer cor e rótulo, como um Cabernet Sauvignon dos bons que alcançam seu auge com o passar do tempo.” Mas tá poético demais esse menino!!! Excelente texto!!! Fiquei com muita vontade de ir! Becher, eu já experimentei o sunset da Villa Francioni, tb um espetáculo!!! E como diria a minha professora do primeiro ano primário: continue assim!!! Fraternal abraço. Ramila

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