Matsuri, um sushizinho do Campeche com amigos queridos

Dia destes a Priscila do Saboreando Floripa me perguntou nos comentários do post que fiz sobre a premiação da Revista Veja Comer & Beber aqui de Santa Catarina se eu tinha achado justa a lista de restaurantes eleitos. Bons observadores que somos, chegamos a conclusão que gosto é uma coisa muito subjetiva e que cada voto é merecedor de credibilidade. Não há como estabelecer critérios exatos e elegermos os melhores restaurantes sob um ponto de vista técnico. Ainda mais se levarmos em consideração o gosto pessoal e instransferível de cada um, seus anseios e suas necessidades. Você pode juntar uma coleção de especialistas no assunto e ainda assim o assunto trará divergências e longas horas de elucubrações vazias.

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Existe, sobretudo, um fator emocional muito importante quando escolhemos um lugar pra comer. É o que acontece com o comfort food, as vezes o prato nem é tão gostoso assim, senso comum, mas nos traz à memória momentos de extrema felicidade ou conforto pra alma que mesmo assim o comemos, e consideramos estar ingerindo a panacéia. E de certa forma estamos.

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Um desses lugares é o Matsuri, uma casa de sushi ali do Campeche. É um restaurante normal, simples, com atendimento também normal e comida boa. Não é excepcional, não traz nada de novo ante a concorrência acirrada dos sushi bar de Florianópolis. É saboroso, a matéria prima bem selecionada, tudo funcionou perfeitamente, mas ele será sempre lembrado pela noite em que reencontrei dois amigos queridos, e não se o peixe estava totalmente fresco ou se o garçom demorou pra trazer uma Coca.

Mas se resenhar é preciso, então lá vai…

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O Matsuri é bom. Trabalha com o sistema à lá carte e nas terças, quintas e sábados oferece o festival de sushi a preços atrativos. R$40 reais as mulheres e R$50 os homens. Inclui neste rodízio o sushi, sashimi (25 peças por pessoa), nigiri, hotsushi e temaki. Foi esse que eu pedi, afinal a diferença entre comer o rodízio e o à lá carte, na parte de sushis e derivados, era só a quantidade mesmo.

O atendimento é bom, funciona. O Guilherme, garçom que nos atendeu, muito educado e gentil, trouxe tudo o que lhe foi solicitado sem qualquer problema. Além disso nos explicou o cardápio, nos ajudou a escolher e entender qual o melhor pedido para aquela noite e nos deixou bem a vontade.

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Os sushis são bem feitos, desde os hossomakis tradicionais de salmão e pepino, passando pelo filadélfia deles que é bem gostoso chegando no que foi o meu preferido da noite, o uramaki skin (pele de salmão frita, tarê e nirá).

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Pedimos também sashimis e nigiris, todos eles bem preparados. O salmão bem cortado, postas grossas (alguns ainda confundem carpaccio com sashimi), o peixe estava fresco e tudo ia conforme mandava o figurino.

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Dos temakis eu escolhi também o sabor filadélfia, pedaços de salmão picados com cream cheese fazem o recheio do cone de alga com arroz.

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O hot roll filadélfia é igualmente gostoso. Bem crocante e vem ainda quente pra mesa, fresco e saboroso.

Ambiente climatizado e aconchegante, necessário para aguentar o verão catarinense que insiste em castigar os mais adiposos.

No fim a conta deu R$63 reais por pessoa, contabilizando as bebidas e os dez purça do garçom. Recomendo a visita!

Saí de lá satisfeito, com o corpo alimentado e a alma leve. E o Matsuri será sempre lembrado pela noite em que vi o Patrick e a Natália crescidos, a Karla e o Fernando bem felizes e morando na casa dos sonhos, ali perto do restaurante. São esses detalhes que importam, são esses que elegem os vencedores da Veja Comer & Beber, pois é feita pelo público, quem paga a comida e a porcentagem do garçom, e tem o direito puro e legítimo de achar que a birosquinha da Dona Nena faz o melhor ovo frito com arroz de forno de Tangamandápio. Nada mais que isso interessa.

Matsuri Sushi Lounge

  • Endereço: Av. Pequeno Príncipe, 1615. Campeche, Florianópolis.
  • Telefone: (48) 3304-8779
  • Horário: de terça à domingo, das 19h às 23h30.
  • Aceita cartões: sim

4 thoughts on “Matsuri, um sushizinho do Campeche com amigos queridos

  1. Opa! Tá aí um lugar que eu sequer tinha ouvido falar. Nossa, existem tantos sushis pela cidade… Acho que precisarei de um bom tempo para conhecer metade deles!
    É isso mesmo, nunca é só a comida. A companhia é uma das variáveis para bons momentos…
    Gostei.
    Bjs

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