Coisa boa quando a gente encontra comida boa numa cidade boa com pessoas boas em nossa volta!
Dia desses fui até Nova Trento pra uma passeio em família e visitar o Santuário de Santa Paulina. Pra você que não sabe quem é, Amábile Lúcia Visintainer é uma italiana de Vígolo Vattaro, no norte da Itália, e que veio para o Brasil com sua família no final do século 19. Seguiu vida religiosa e, após sua morte, foram confirmados milagres que deram à então Madre Paulina o título de beata, confirmado pelo então Papa João Paulo II em 18 de Outubro de 1991 em visita à Florianópolis. Dez anos depois ela se torna a primeira santa brasileira, sendo chamada então de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Voltando pra Santa Catarina, Nova Trento é a cidade onde Amábile viveu boa parte de sua vida. E, confesso, eu viveria bastante tempo por lá também. A falta de sinal de telefonia celular não atrapalha em nada a experiência gastronômica e religiosa que você pode experimentar neste pequeno pedaço de chão. É claro que, como em qualquer cidade cujo turismo religioso é explorado, e como o próprio Jesus advertia na Bíblia (se as minhas aulas de catecismo não estão muito defasadas), os vendilhões estão em toda a parte ao redor do templo. Filtre um pequeno camelódromo instalado na frente do Santuário e um ou outro restaurante que mais parece barraca de acampamento de rodeio e você terá excelentes opções pra curtir a cidade.
Um deles chama-se Nona Henriqueta e fica no começo da Rua Madre Paulina, o acesso principal ao santuário. O escolhi porque Henriqueta é o nome da minha bisavó (esses “críticos”!) e nem Santa Paulina pode me julgar por isso. No fim das contas a escolha foi boa. Em verdade, digo-vos porquê:
A comida era boa. O Nona Henriqueta acolhe os romeiros ou mesmo os visitantes esporádicos com um lindo buffet de saladas e sobretudo um magnífico buffet de pratos quentes, sobre chapas de fogão à lenha e panelas de ferro contendo as mais belas delícias que um imigrante de italianos poderia fazer.
Era um buffet generoso, mas me concentrei na maionese, na carne de panela, na polenta frita e na massa caseira. Nada de massa chique ou importada, macarrão caseiro mesmo, feito pelos cozinheiros do restaurante, daquelas que as nonas fazem no fim de semana.
Pra quem gosta, uma polenta inteira é servida todos os dias de funcionamento da casa. Na tábua, como um bom colono faz!
E esse nhoque com molho de galinha?
O que dizer dessa galinha caipira que nem conheço mas já considero pacas?
Vinho é algo que não falta em Nova Trento. A região produz e comercializa todos os possíveis produtos da uva e é possível, no trajeto até a Igreja, avistar as parreiras na beira da estrada. Nas lojas de produtos coloniais você pode comprar vinhos pra levar pra casa — além de uma degustação in loco), seja pra beber, pra presentear ou mesmo tentar copiar esse delicioso sagú que serviram de sobremesa no restaurante.
O Buffet livre custa cerca de R$20 por pessoa e eu queria muito poder morar lá pra almoçar todo dia no Nona Henriqueta.
Fica a dica de passeio e restaurante pra se comer em Nova Trento!
Nona Henriqueta
- Rua Madre Paulina, 155. Vígolo, Nova Trento/SC.
- (48) 3267-0563
- Estacionamento
Olá! Ontem fomos até Nova Trento e tentamos almoçar no restaurante Nonna Henriqueta, mas estava fechado. Imagino que não abra às terças-feiras.